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Como influenciadores de extrema direita dos EUA tentam dominar narrativa em campanha eleitoral no Canadá

Influenciadores norte-americanas de extrema direita, que contribuíram para a vitória eleitoral de Donald Trump, se envolveram na campanha eleitoral canadense, baseando-se em temas que fizeram sucesso nos EUA, como a imigração.Nas redes sociais, essas personalidades midiáticas frequentemente apresentam o Canadá como o símbolo de um país onde a liberdade de expressão está em "perigo", especialmente após anos de governo dos "liberais" (centro-esquerda).

27 abr 2025 - 13h28
(atualizado às 13h31)
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Influenciadores norte-americanas de extrema direita, que contribuíram para a vitória eleitoral de Donald Trump, se envolveram na campanha eleitoral canadense, baseando-se em temas que fizeram sucesso nos EUA, como a imigração.

Uma campanha no Facebook que usou contas falsas para promover o presidente Donald Trump foi organizada pelo grupo Turning Point USA, do ativista pró-Trump Charlie Kirk, na foto, um dos influenciadores de extrema direita que agora querem participar das eleições no Canadá.
Uma campanha no Facebook que usou contas falsas para promover o presidente Donald Trump foi organizada pelo grupo Turning Point USA, do ativista pró-Trump Charlie Kirk, na foto, um dos influenciadores de extrema direita que agora querem participar das eleições no Canadá.
Foto: AFP/File / RFI

Nas redes sociais, essas personalidades midiáticas frequentemente apresentam o Canadá como o símbolo de um país onde a liberdade de expressão está em "perigo", especialmente após anos de governo dos "liberais" (centro-esquerda).

Embora essas afirmações sejam enganosas, elas influenciam uma parte do eleitorado, segundo os especialistas, que reconhecem, no entanto, que é difícil avaliar seu impacto nas intenções de voto.

O Canadá vai às urnas na segunda-feira (28) para uma eleição tensa, em um país ansioso e abalado pelas ameaças de anexação feitas por Donald Trump e pela guerra comercial iniciada por ele.

Charlie Kirk, polemista norte-americano de extrema direita e aliado próximo de Donald Trump, recentemente recebeu em seu programa Maxime Bernier, líder do Partido Popular Canadense, para falar sobre "imigração".

Os temas preferidos da extrema direita

Este último, cujo partido não tem representação no Parlamento e é creditado com 1% das intenções de voto, explicou que a imigração canadense era, segundo ele, "a teoria do grande substituição em ação".

Este conceito conspiratório da extrema direita global fala sobre a "substituição de um povo europeu por outro", "não branco", deliberadamente "organizado com a aprovação de seus líderes".

Por sua vez, o apresentador Joe Rogan, cujo podcast é o mais ouvido na plataforma Spotify de ambos os lados da fronteira, explicou que os canadenses não podiam se expressar online, insinuando que o país era tão autoritário que ele preferiria "ir para a Rússia" do que para Montreal.

Canadá como um "espantalho"

Amarnath Amarasingam, professor na Universidade Queen's, em Ontário, lembra que os influenciadores norte-americanos também são muito seguidos pelos canadenses, já que os dois ecossistemas estão muito interconectados.

Esses discursos têm "um impacto em questões mais amplas de guerra cultural, imigração, questões de gênero, racismo..."

E já há anos que algumas personalidades da direita norte-americana atacam o Canadá, descrevendo uma sociedade com uma presença estatal muito forte e programas de proteção social que, segundo elas, estão levando a sociedade ao declínio", avaliou o especialista.

O ex-apresentador da Fox News Tucker Carlson, agora independente, afirma há muito tempo que o país precisa ser "salvo".

Para Stéphanie Carvin, professora de relações internacionais na Universidade Carleton de Ottawa, os influenciadores usam o Canadá como um espantalho. "A retórica deles é dizer cuidado, isso também pode acontecer aqui. Essa é a razão pela qual [o Canadá] é uma ferramenta tão útil para muitos desses influenciadores de extrema direita", acrescenta.

Desde o início da campanha, os conservadores têm buscado estabelecer vínculos com influenciadores canadenses que, por vezes, estão próximos dos seus homólogos norte-americanos, explica Elizabeth Dubois.

"É importante levar isso em conta ao tentar avaliar o impacto de alguns desses influenciadores norte-americanos", acrescenta essa professora de política e comunicação da Universidade de Ottawa.

No entanto, em uma campanha eleitoral dominada pela raiva provocada pelos ataques do presidente norte-americano e pelo aumento do patriotismo canadense, as vozes conservadoras dos Estados Unidos não ressoaram tão forte quanto esperado pela direita canadense, ainda segundo os pesquisadores.

As urnas darão o veredicto final na segunda-feira (28).

(Com AFP)

RFI A RFI é uma rádio francesa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
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