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Execução por fuzilamento dá errado nos EUA e condenado leva 4 minutos para morrer

Autópsia indica que tiros disparados contra Mikal Mahdi erraram o coração, prolongando sua morte e provocando sofrimento

11 mai 2025 - 11h57
(atualizado às 12h05)
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Mikal Mahdi foi sentenciado à morte por um assassinato de policial
Mikal Mahdi foi sentenciado à morte por um assassinato de policial
Foto: Reprodução

A execução de Mikal Mahdi, de 42 anos, por fuzilamento em uma penitenciária da Carolina do Sul, nos Estados Unidos, está no centro de uma controvérsia após indícios de que o protocolo foi violado, resultando em uma morte mais lenta e dolorosa do que o previsto.

Segundo documentos submetidos à Suprema Corte do estado na quinta-feira, 8, os disparos teriam errado o coração da vítima, prolongando sua consciência por até um minuto.

A morte ocorreu em 11 de abril e foi a segunda execução por fuzilamento realizada na Carolina do Sul neste ano, parte do esforço recente do estado para reativar métodos de pena capital, após 13 anos sem execuções. Mahdi havia sido condenado à morte em 2006 após o assassinato de um policial.

Declarado morto 4 minutos depois

De acordo o The Guardian, Mahdi foi levado à câmara de execução, amarrado a uma cadeira, e teve um alvo vermelho colocado sobre o peito. Três funcionários da prisão posicionaram-se a cerca de 4,6 metros dele, atrás de um vidro à prova de balas.

Um repórter da Associated Press, presente na sala, relatou que Mahdi gritou após os tiros e teve espasmos nos braços. Ele continuou respirando por cerca de 80 segundos, sendo declarado morto quatro minutos após os disparos.

Alvo errado

A lei estadual exige que os atiradores disparem "no coração [...] com munição calculada para causar dano máximo e cessar imediatamente o funcionamento do órgão".

No entanto, um relatório de autópsia revisado por advogados de Mahdi e pelo patologista forense Dr. Jonathan Arden indica que os tiros não atingiram o coração como previsto.

Segundo Arden, os projéteis causaram perfurações no fígado, no pâncreas e na parte inferior do pulmão, com uma trajetória descendente, longe da região cardíaca. Ele também apontou que o corpo de Mahdi apresentava apenas dois ferimentos de entrada, e não três. "Se o procedimento é feito corretamente, o coração será destruído, eliminando imediatamente toda circulação", escreveu o especialista.

Em entrevista usada na análise, o médico legista oficial, Dr. Bradley Marcus, admitiu surpresa ao encontrar apenas dois ferimentos e fotografou o corpo para registrar o fato.

A porta-voz do Departamento de Correções da Carolina do Sul, Chrysti Shain, refutou as alegações. Segundo ela, as três armas dispararam simultaneamente e todos os tiros atingiram Mahdi, incluindo o coração. Ela apontou que o laudo da autópsia conclui que "todos os três projéteis atingiram o coração antes de atingir outros órgãos".

A explicação de que um dos orifícios representaria duas trajetórias de projéteis foi classificada por Arden como altamente improvável.

A defesa de Mahdi questiona se um dos integrantes do pelotão chegou a disparar ou se errou completamente o alvo. "O Sr. Mahdi elegeu o fuzilamento, e esta corte o autorizou, com base na premissa de que o Departamento de Correções poderia seguir etapas simples: localizar o coração, posicionar o alvo e atingi-lo. Essa confiança foi claramente equivocada."

Fonte: Redação Terra
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