EUA se reconcilia com Ucrânia; como presente, enviaram aviões F-16 que são incapazes de voar
Esses caças nunca voarão sozinhos, mas sua utilidade é outra: fornecer peças para os que estão ativos
Na semana passada, ocorreu o que os EUA vinham buscando desde que Trump foi reeleito presidente: Washington chegou a um acordo sobre o acesso e a exploração de minerais estratégicos e terras raras da Ucrânia. Com isso, os EUA obtêm direitos preferenciais e capacidade de investimento sobre os recursos naturais da nação (incluindo titânio, zircônio, grafite, gás, petróleo e manganês) dentro de um marco que pretende impulsionar a reconstrução do país devastado pela guerra, sem impor dívidas a Kiev. Por sua vez, os EUA reativaram a ajuda no conflito.
Um novo pacto
O principal instrumento será o denominado Fundo de Investimentos para a Reconstrução Estados Unidos-Ucrânia, uma entidade binacional com representação igual de ambas as partes, que gerenciará novas licenças sem afetar empresas preexistentes ou orçamentos já comprometidos. Para as autoridades ucranianas, o acordo representa uma aliança baseada em investimentos, tecnologia e autonomia compartilhada, não em subordinação econômica.
Um dos elementos mais chamativos do pacto é a eliminação explícita de qualquer tipo de obrigação de dívida da Ucrânia para com os EUA. Esse gesto dissipa, a princípio, as críticas recorrentes de Trump sobre a "falta de retribuição" pela assistência militar dos EUA, que o presidente havia calculado em 350 bilhões de dólares (número que destoa do apurado por outros órgãos).
A ministra da Economia ucraniana, Yulia Svyrydenko, ressaltou que o acordo não altera o status legal das empresas públicas...
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