Congo fechou torneira do cobalto: boas notícias para a China, mas não tanto para a indústria tecnológica ocidental
Suspensão das exportações visa regular mercado de cobalto diante da superprodução global RDC propõe acordo com Ocidente para redefinir seu papel no mercado global de minerais
A República Democrática do Congo (RDC) implementou uma medida que afetará as exportações de cobalto.
A Autoridade para a Regulação e Controle dos Mercados de Substâncias Minerais Estratégicas (ARECOMS) anunciou que as exportações de cobalto serão suspensas por pelo menos quatro meses. Segundo seu presidente, Patrick Luabeya, a decisão busca controlar a oferta de cobalto em um mercado internacional que enfrenta a superprodução do metal.
A importância do cobalto
Há um metal comum compartilhado por veículos elétricos, dispositivos móveis e outras tecnologias: o cobalto, que teve sua demanda impulsionada neste século. No entanto, a produção de cobalto na República Democrática do Congo (RDC), que representa cerca de 70% da oferta global, caiu, assim como a de lítio. Isso fez com que outros produtores de cobalto, como Rússia e Austrália, ganhassem mais destaque.
O motivo do excesso de oferta foi o aumento da produção da empresa chinesa CMOC, que dobrou sua extração em duas grandes minas no país. Essa situação impactou a oferta e a demanda, causando uma queda nos preços. De fato, segundo dados da Fastmarkets, os preços de referência do cobalto caíram abaixo de 10 dólares por libra, um nível que não era visto há mais de 20 anos.
Impacto atual no mercado global
Apesar da queda, os mercados ficaram tensos com a medida tomada pela República Democrática do Congo (RDC). Mas conseguiram respirar aliviados, pois a suspensão das exportações não levou a uma mudança imediata no preço do ...
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