Trump anuncia que vai pagar mil dólares a imigrantes clandestinos que decidirem deixar os EUA
O governo de Donald Trump anunciou nesta segunda-feira (5) que vai pagar imigrantes em situação irregular para que deixem voluntariamente os Estados Unidos e retornem aos seus países de origem.
O governo de Donald Trump anunciou nesta segunda-feira (5) que vai pagar imigrantes em situação irregular para que deixem voluntariamente os Estados Unidos e retornem aos seus países de origem.
Segundo um comunicado do Departamento de Segurança Interna (DHS), o plano prevê o custeio do transporte e o pagamento de uma quantia de US$ 1.000, liberada após a chegada ao país de destino.
"Quando se está ilegalmente nos Estados Unidos, a saída voluntária é a melhor forma — mais segura e mais econômica — de deixar o país sem correr o risco de ser preso", declarou a secretária do DHS, Kristi Noem, no comunicado.
O processo de saída deverá ser feito por meio do aplicativo CBP Home, informou o DHS, que também afirmou que a saída voluntária é uma "maneira digna" de deixar os Estados Unidos.
De acordo com o comunicado, a expectativa é que o programa reduza os custos com deportações em cerca de 70%.
Atualmente, segundo o DHS, o custo médio para prender, manter sob custódia e deportar um imigrante em situação irregular é de 17.121 dólares.
Uma pessoa de Honduras já utilizou o programa para retornar ao seu país, informou o departamento.
Donald Trump, que prometeu durante a campanha realizar "a maior operação de deportações da história do país", tem feito do combate à imigração irregular uma de suas principais prioridades desde que reassumiu a presidência em janeiro.
"Invasão" de "criminosos estrangeiros"
Ele alegou que o país está sofrendo uma suposta "invasão" de "criminosos estrangeiros" e promoveu deportações amplamente divulgadas pela mídia, incluindo a expulsão de mais de 250 pessoas — a maioria venezuelanas — para El Salvador, com base em uma lei do século XVIII e em um acordo inédito firmado com o país da América Central.
Essas deportações estão no centro de um impasse entre o governo e o Judiciário.
(Com AFP)