The Last of Us: Isabela Merced fala sobre cena íntima na série
Atriz compartilha bastidores e elogia parceria com Bella Ramsey
O quarto episódio da segunda temporada de The Last of Us reacendeu debates e emoções nas redes sociais, não apenas pela tensão da trama, mas por um momento de ternura entre Ellie (Bella Ramsey) e Dina (Isabela Merced).
A cena íntima entre as personagens marcou um divisor emocional no relacionamento das duas e foi abordada com honestidade e sensibilidade por Merced, que abriu o jogo em entrevista à Variety.
Segundo a atriz, gravar a cena de sexo foi uma experiência profundamente humana e cheia de significado — bem distante do que costuma ser retratado com frieza ou apenas apelo visual.
"Elas finalmente se abrem uma para a outra. Quando você deixa o ego, o medo e as inseguranças de lado, algo doce acontece. É como se o coração se abrisse por completo", disse Isabela, que também ressaltou a leveza e naturalidade da gravação ao lado de Bella.
Para além das câmeras, a química entre as duas atrizes também influenciou o resultado final da cena. Isabela contou que ambas já tiveram experiências em relacionamentos queer e isso ajudou a trazer mais verdade para a interpretação.
"Dá pra perceber quando uma garota nunca beijou outra antes. Nós duas já estávamos muito à vontade com isso, o que nos permitiu explorar mais profundamente a dinâmica entre Dina e Ellie", explicou.
A confiança mútua foi tão sólida que elas se sentiram livres para improvisar. "Adicionamos alguns beijos e olhares que não estavam no roteiro. Foi algo orgânico, nascido do nosso entrosamento e do carinho pelas personagens", completou.
Ela descreve o dia das filmagens como "tão terno" e destaca o respeito no ambiente de gravação como essencial para que a cena não apenas funcionasse dramaticamente, mas também fosse emocionalmente honesta.
The Last of Us: Representatividade que vai além do roteiro
A presença de um casal queer no centro da história, tratado com delicadeza e profundidade, tem se tornado um diferencial marcante de The Last of Us. Isabela reconhece o peso dessa representação para o público jovem que se vê refletido na relação de Dina e Ellie.
Para ela, mais do que uma cena de amor, foi uma cena de libertação: das amarras, dos medos, do silêncio que tantas vezes cerca afetos queer na ficção.
"Nós queríamos mostrar que esse amor existe, é válido e é bonito. Não precisava ser exagerado ou provocativo. Só precisava ser real", concluiu a atriz.
A repercussão do episódio nas redes reforça como The Last of Us continua surpreendendo o público não apenas por seus infectados ou reviravoltas narrativas, mas por seu compromisso com histórias humanas, sensíveis e corajosas.