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5 dicas para entender e lidar com a dupla excepcionalidade

Condição une alto desempenho em determinadas áreas e, ao mesmo tempo, dificuldades significativas em outras

6 mai 2025 - 16h02
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A dupla excepcionalidade é um conceito ainda pouco discutido. No entanto, representa um importante desafio para famílias e educadores, pois afeta diretamente o desenvolvimento de crianças e adolescentes. "A dupla excepcionalidade ocorre quando uma pessoa apresenta, simultaneamente, uma condição do neurodesenvolvimento (como o Transtorno do Espectro Autista - TEA) e habilidades cognitivas acima da média, frequentemente associadas à superdotação", explica a neuropsicóloga Dra. Karliny Uchôa.

Crianças com dupla excepcionalidade muitas vezes se sentem inadequadas, mesmo sendo altamente inteligentes
Crianças com dupla excepcionalidade muitas vezes se sentem inadequadas, mesmo sendo altamente inteligentes
Foto: Davidovici | Shutterstock / Portal EdiCase

Abaixo, a Dra. Karliny explica as principais características da dupla excepcionalidade e como lidar com ela!

1. Talentos e desafios estão juntos

Segundo a Dra. Karliny Uchôa, a dupla excepcionalidade é marcada pela alta e baixa aptidão em algo específico. "Uma pessoa com dupla excepcionalidade pode ter um alto desempenho em determinadas áreas e, ao mesmo tempo, dificuldades significativas em outras, é a coexistência de habilidades acima da média com transtornos como Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), dislexia ou TEA", explica.

2. Identificar a dupla excepcionalidade ainda é uma tarefa complexa

Não é incomum que pessoas com dupla excepcionalidade enfrentem desafios invisíveis que dificultam o reconhecimento de suas necessidades. "Por causa das habilidades intelectuais, muitas dessas crianças passam despercebidas nas avaliações escolares ou são rotuladas como preguiçosas, desorganizadas ou desinteressadas; por isso, é fundamental que os profissionais saibam investigar com profundidade", destaca a neuropsicóloga.

Estratégias educacionais e terapêuticas personalizadas são necessárias para acolher o potencial e as limitações da criança
Estratégias educacionais e terapêuticas personalizadas são necessárias para acolher o potencial e as limitações da criança
Foto: Studio Romantic | Shutterstock / Portal EdiCase

3. Intervenção multidisciplinar e individualizada são essenciais

Cada criança é única, e suas necessidades educacionais também. Por isso, é essencial adotar abordagens específicas que considerem tanto suas habilidades quanto seus desafios. "Esses casos não se resolvem com soluções genéricas, precisamos de estratégias educacionais e terapêuticas personalizadas que acolham tanto o potencial quanto às limitações da criança", pontua a Dra. Karliny Uchôa.

4. A escola pode ser uma aliada no desenvolvimento ou um espaço de sofrimento

O ambiente escolar pode ter um impacto profundo na trajetória de uma criança com dupla excepcionalidade — tanto para o bem quanto para o mal. "Quando a escola não reconhece a dupla excepcionalidade, ela se torna um espaço de sofrimento. Mas, com preparo e sensibilidade, pode ser um ambiente de desenvolvimento pleno", diz a profissional.

5. Suporte emocional é fundamental para a autoestima

Além dos desafios cognitivos e educacionais, a dupla excepcionalidade também afeta profundamente o lado emocional da criança. "O impacto emocional nesses casos é muito grande, crianças com dupla excepcionalidade muitas vezes se sentem inadequadas, mesmo sendo altamente inteligentes; por isso, o apoio psicológico contínuo é essencial para o fortalecimento da autoestima e da identidade", conclui a Dra. Karliny Uchôa.

Por Tayanne Silva 

Portal EdiCase
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