Papa Leão pede à mídia que evite divisões e defende libertação de repórteres presos
O papa Leão 14, em seu primeiro discurso à mídia, nesta segunda-feira, pediu aos jornalistas que se concentrem em relatar a verdade em vez de se envolverem em divisões partidárias e fez um apelo pela libertação de repórteres presos por fazerem seu trabalho.
"A maneira como nos comunicamos é de fundamental importância: precisamos dizer 'não' à guerra de palavras e imagens, precisamos rejeitar o paradigma da guerra", disse Leão a milhares de jornalistas que cobriram sua eleição e a morte de seu antecessor, o papa Francisco.
Ele também defendeu os jornalistas presos que, de acordo com o Comitê para a Proteção dos Jornalistas, eram 361 no final do ano passado.
"O sofrimento desses jornalistas presos desafia a consciência das nações e da comunidade internacional, conclamando todos nós a salvaguardar o precioso dom da liberdade de expressão e de imprensa", afirmou o papa.
Leão, o ex-cardeal Robert Prevost, é o primeiro papa nascido nos Estados Unidos. Ele foi eleito como novo pontífice católico em 8 de maio e é uma figura relativamente desconhecida no cenário global, tendo passado a maior parte de sua carreira como missionário no Peru.
O pontífice também disse aos jornalistas que eles precisam agir com responsabilidade ao usar a inteligência artificial em seu trabalho, pedindo-lhes para "garantir que ela possa ser usada para o bem de todos, para que possa beneficiar toda a humanidade".
A reunião de segunda-feira foi a primeira audiência de Leão com um grande grupo de pessoas no Vaticano. Ao entrar na grande sala de audiências do Vaticano, ele foi recebido com aplausos dos jornalistas.
O papa falou principalmente em italiano, mas começou com uma piada em inglês sobre os aplausos.
"Obrigado por esta recepção maravilhosa", disse Leão. "Dizem que quando batem palmas no início, não importa muito. Se vocês ainda estiverem acordados no final e ainda quiserem aplaudir, muito obrigado."
