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Política

Escândalo do INSS tem 2,6 vezes mais repercussão nas redes que crise do Pix, mostra Quaest

Monitoramento de mensagens aponta que metade das postagens critica o governo; só 3% fazem defesa da gestão Lula

12 mai 2025 - 17h13
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A repercussão do escândalo de fraudes no INSS superou em 2,6 vezes o volume de mensagens gerado pelo debate sobre uma suposta taxação do Pix, segundo monitoramento realizado pela Quaest. De 21 de abril a 7 de maio, o instituto analisou cerca de 3,6 milhões de mensagens sobre o tema em 30 mil grupos públicos de WhatsApp, Telegram e Discord.

Nos primeiros 15 dias após a Operação Sem Desconto, o caso do INSS se tornou um dos assuntos mais comentados nas redes, impulsionado por sucessivas ondas de atenção geradas por novos fatos políticos. A primeira ocorreu em 23 de abril, quando a Polícia Federal revelou um esquema bilionário de descontos indevidos em aposentadorias e pensões.

Monitoramento em redes sociais aponta que metade das mensagens sobre o escândalo do INSS são críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Monitoramento em redes sociais aponta que metade das mensagens sobre o escândalo do INSS são críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO / Estadão

O segundo pico ocorreu em 29 de abril, com a divulgação do relatório da PF estimando um prejuízo de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. Nesse momento, o tom das mensagens nos grupos passou de noticioso para político. Grupos de direita destacaram menções ao irmão do presidente Lula e atribuíram ao governo federal a suposta revogação de medidas de controle contra fraudes.

A terceira onda foi impulsionada por um vídeo publicado pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) no Instagram, em 6 de maio. Em 24 horas, o volume de mensagens sobre o caso saltou 204%. O conteúdo se tornou o mais compartilhado sobre o escândalo, concentrando 20% dos links divulgados nos grupos.

O vídeo, que segue o mesmo modelo visual e narrativo usado por Nikolas na gravação sobre o Pix publicada em janeiro, gerou 108% mais menções que aquele material nos dois primeiros dias após sua publicação.

Antes mesmo da publicação, a crise no INSS já havia derrubado o então ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT).

Após a repercussão do vídeo, integrantes do governo reagiram nas redes sociais. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, o advogado-geral da União, Jorge Messias, e o chefe da Controladoria-Geral da União, Vinícius Carvalho, rebateram as acusações sem mencionar o deputado nominalmente. Já o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) utilizou o próprio vídeo de Nikolas como fundo para contestar as afirmações do parlamentar.

Uma análise de sentimento feita pela Quaest com base em modelos de linguagem natural revelou que metade das mensagens avaliadas trazem críticas ao caso. A defesa do governo aparece em apenas 3%.

O escândalo no INSS também ofuscou outros assuntos recorrentes nas redes, como a saúde do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a proposta de anistia para os presos do 8 de Janeiro, temas que perderam espaço até mesmo entre grupos bolsonaristas.

Estadão
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