Tudo no PIX ou dinheiro? Veja como evitar golpes no Carnaval
Entre as prevenções possíveis estão carteira digital, uso de aplicativos oficiais e, sobretudo, atenção aos dados da transação
Fator humano é decisivo em pelo menos uma situação: saber como bloqueia rapidamente um cartão, conta, celular; por aplicativo ou 0800. O resto pode ser razoavelmente garantido por recursos tecnológicos.
Não tem como curtir o Carnaval sem gastar comprando, ao menos, uma garrafinha de água. Mas pagar como, com dinheiro, cartão, PIX? A pesquisa Terra Insights mostrou que a maioria das pessoas entrevistadas, 23%, prefere pagar com dinheiro.
Em seguida, vem quem prefere contratar seguro de cartão e usar autenticação de dois fatores como medida de segurança, são 20% nos dois casos. O temor de perder o celular ou ter ele roubado faz 19% dos entrevistados contratarem seguro de celular.
Objeto visado pelo valor e pelos aplicativos, o celular, digamos, oficial, costuma ser substituído por um aparelho reserva, por 18% das pessoas ouvidas pela pesquisa Terra Insights.
Gabriela Jubram, da Koin, fintech especializada em comércio digital, dá dicas de como se prevenir de golpes no Carnaval. Há muitas alternativas, mas ter o mínimo de atenção, um fator humano, faz toda diferença.
Quais os principais cuidados com redes de internet?
Evite redes públicas, prefira a de um amigo, de uma loja que exija senha para acessar. Um segundo ponto: usar aplicativos oficiais. Quando for fazer um pagamento, transferência, PIX, e precisar baixar algo, busque na loja oficial do telefone.
Essa é a principal orientação sobre aplicativos?
A gente sabe que existem muitos aplicativos que vão surgindo e, se o usuário quer fazer alguma transação via banco ou carteira digital, por exemplo, a orientação é ir à loja de aplicativo oficial e fazer o download.
O uso de aplicativos oficiais garante a segurança?
É fundamental confirmar os dados antes de qualquer pagamento, via PIX ou não: confira o valor, para quem está indo, para qual conta vai ser destinada.
Inclusive no pagamento com maquininha.
Inclusive no pagamento com maquininha. Muito cuidado também com pagamento via QR Code desconhecido. O melhor é digitar uma chave manual.
Pagar em dinheiro é mais seguro?
Evita golpes digitais, mas isso não significa que é a opção mais segura. Você pode acabar sendo roubado, furtado, mas existem alternativas. A primeira é o uso do cartão virtual. Em todo banco a gente consegue fazer um cartão virtual que dura 24 horas, 48 horas, e que pode ser cancelado a qualquer momento.
Gerar chaves aleatórias e usar carteira digital são recomendáveis?
Gerar uma chave aleatória é bacana pois, com ela, você não expõe seus dados pessoais. Sobre a carteira digital, o interessante é que elas não compartilham suas informações reais na transação, então isso também previne.
O que você diria dos seguros de cartão e celular?
São interessantes, mas o usuário tem que entender se faz parte da realidade dele, tanto do ponto de vista de comportamento, quanto da capacidade financeira para pagar, porque todo mês vai ter esse compromisso.
Você indica o uso de celular reserva?
Pode ser útil, mas ainda assim não é todo mundo que tem essa condição. O importante é ativar notificação do banco para acompanhar qualquer movimentação suspeita. Muitos bancos dão a possibilidade de receber SMS avisando de gastos e transações.
Quais tipos de fraudes são mais comuns?
O que chama muito a atenção é PIX adulterado e perfil falso vendendo coisas de Carnaval. Representou 46% e 35% dos casos que apuramos. Preste atenção onde está comprando, para quem estamos mandando o pagamento, onde estamos colocando nossos dados de cartão de crédito.
Mais alguma dica importante?
Precisa saber bem como bloqueia um cartão ou uma conta rápido, por aplicativo ou por 0800. Sobre a autenticação em dois fatores, a exigência de biometria facial é uma camada importante de segurança.