Entenda por que Divaldo Franco foi tão importante para o espiritismo

Divaldo Franco é apontado como um sucessor de Chico Xavier; ele publicou mais de 250 obras

O médium e líder religioso baiano Divaldo Franco, que morreu ontem (13), aos 98 anos, em Salvador (BA), era uma das referências mais expressivas do espiritismo no Brasil. Muitos o consideravam sucessor de Chico Xavier, com quem Franco manteve uma estreita amizade até um desentendimento nos anos 60.

Além do título de sucessor de Chico Xavier, que é o principal nome da religião espírita no país, Divaldo Franco abraçou causas humanitárias, uma pauta fundamental para essa religião. O enterro será amanhã (15), no Cemitério Bosque da Paz, em Salvador. Franco morreu em decorrência de complicações de um câncer na bexiga. Confira o legado do médium baiano:

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Trabalho social

Nos anos 50, Divaldo fundou, na capital baiana, um complexo educacional e assistencial, a Mansão do Caminho. Segundo o Jornal Correio, da Rede Bahia, o complexo atende diariamente cinco mil pessoas. A Mansão do Caminho reúne escolas, centros médicos, espaços religiosos e de acolhimento.

Pai adotivo

Ao longo da vida, ainda de acordo com o Jornal Correio, ele adotou mais de 600 crianças e adolescentes carentes. O líder religiosos não teve filhos biológicos.

Obras literárias

Divaldo Franco publicou mais de 250 livros, muitos psicografados. Sua mentora espiritual mais conhecida entre os espíritas é Joanna de Ângelis. As obras foram traduzidas para 17 idiomas.

Embaixador da paz

Nas últimas décadas, Divaldo Franco ganhou um título popular : "embaixador da paz". Também se notabilizou na oratória: ele realizou mais de 20 mil palestras em mais de 70 países. Nas conferências, discursava sobre propósitos humanitários e doutrina espírita.

Dupla biografia

A vida do médium ganhou uma versão para o cinema. No elenco de Divaldo Franco - o mensageiro da paz (2019), estão Bruno Garcia, Regiane Alves e Leila Garin. A direção é de Clovis Mello. Na versão impressa, de 2015, a biografia Divaldo Franco: a trajetória de um dos maiores médiuns de todos os tempos (Bella Editora) leva a assinatura da jornalista Ana Landi.