Aos 46 anos, ex-galã da Globo diz não temer a velhice: 'Me sinto bem sem roupa'

Quem viveu na década de 1990 certamente conheceu Márcio Kieling. Alguns o conheceram como o Perereca de Malhação, outros como o Djalminha de Agora É que São Elas --alguns dos personagens interpretados pelo ex-galã da Globo. Após viver nos holofotes entre 1997 e 2019, ele trocou as telinhas pelo mercado financeiro e revela ao Terra como foi envelhecer diante das câmeras.

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Hoje, aos 46 anos, Márcio é elogiado pelos cabelos grisalhos e pela boa forma que ostenta. De forma bem-humorada, ele costuma dizer que o tempo foi generoso com ele, mas o autocuidado, a rotina de exercícios e até a reposição hormonal são elementos que reforçam o resultado.

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“Me sinto confortável nu, na frente do espelho. Mas, hoje, com 46 anos, vou mais à academia por causa saúde mesmo. Quero viver o máximo de tempo ao lado da minha família, da minha esposa e do meu filho. Não tenho do que reclamar. O tempo foi generoso comigo. Como dizem por aí: ‘Você parece um vinho’. Isso massageia o ego, porque mostra que não é só minha percepção no espelho --outras pessoas também veem que estou envelhecendo bem”, contou ele, em entrevista exclusiva ao Terra.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a partir dos 40 anos, é recomendável que os homens busquem acompanhamento médico e exames laboratoriais para avaliar a necessidade de reposição hormonal. Márcio conta que já passou por esse processo, mas, atualmente, está “in natura”. Para ele, existe muito preconceito em torno do assunto — ainda que todos possam precisar em algum momento.

“Claro que já fiz [reposição]. Pô, estou com 46 anos, cara. Se eu não fizer algum tratamento hormonal, sou um cara atípico da minha idade. A grande maioria das pessoas, depois dos 40, precisa repor algum hormônio. Já fiz um protocolo e, graças a Deus, hoje, não tomo nada. Mas se um exame mostrar que a testosterona está baixa, vou repor sem problema nenhum.”

Ele também critica a visão ultrapassada sobre o uso de hormônios e destaca a evolução da medicina. “Hoje, não é mais essa coisa de: ‘Ah, vou tomar anabolizante para ficar forte e sarado’. Até porque, se você para, perde tudo. É ilusão. Hoje, eu tomo vitaminas, malho, me alimento bem e, quando chegar no meu objetivo de peso — faltam uns quatro ou cinco quilos —, sei que vou conseguir manter. Não quero esse efeito sanfona.”

Na contramão de muitos famosos, Márcio não teme a velhice. Ele assumiu os fios brancos antes dos 50 e inspira-se em exemplos de longevidade dentro de casa, como o pai e a esposa.

“Acredito que a gente tem que ser generoso com o próprio corpo. É o que a gente tem — é com ele que a gente chega ao mundo e com ele que seguimos. Minha longevidade depende disso. Meu pai, com 74 anos, começou a malhar há um ano e está amarradão. Sei que, para me manter lúcido e com saúde por muito tempo, preciso me cuidar. Minha esposa é muito ligada à saúde: não come glúten e tem uma dieta regrada. Isso acaba me incentivando. A gente malha, come direitinho. Mas, como eu disse: hoje, não é mais estética, é saúde.”

Assumir os cabelos grisalhos também não foi um desafio para ele. Pelo contrário: sempre se achou com “rosto de juvenil” e, quando os primeiros fios brancos surgiram, resolveu assumi-los. Com o tempo, passou a inspirar pessoas próximas. 

“Sempre quis ter uma aparência mais madura. Acho que, de tanto pedir isso, o grisalho veio mais cedo. E, querendo ou não, um grisalho no meio de tanta gente com cabelo castanho ou loiro acaba se destacando. Eu gosto, e acabo influenciando outras pessoas. Tenho um amigo que pintava o cabelo, e eu dizia para ele deixar. Quando ele parou, me agradeceu muito. Não tem por que fugir --são apenas os sinais da idade.”