Sem IA, com foco nos 'gen Z': especialista explica tendências para a publicidade em 2025
Letícia Vaz, referência no empreendedorismo, sugere inclusive repensar métricas de resultados já tradicionais no marketing
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Para ter sucesso nos negócios em 2025 e aumentar a atração e a fidelização de clientes, entender as principais tendências que guiarão as campanhas de publicidade neste ano é essencial. Para Letícia Vaz, referência no empreendedorismo, as marcas precisarão ir além do convencional e explorar novas formas de conexão com o público. Isso inclui do uso de narrativas imersivas à valorização de conteúdos mais autênticos.
Entre as apostas da especialista está a 'criação de mundo". "Assim como acontece muito nos videogames, as marcas vão começar a criar universos próprios. Isso porque vocês vão ver marcas investindo cada vez mais no setor de entretenimento e algumas, que são onlines, vindo para o mundo físico", explica.
Ela sugere que as empresas invistam na cocriação e na personalização, com olhos para a geração Z, um grupo importante de clientes em potencial que ainda não se vê totalmente abrangido pelo mundo publicitário. "A geraçao Z vai impulsionar marcas que, primeiro, escutem os clientes e coloquem eles nas campanhas publicitárias, mas também no processo criativo dos produtos", diz.
Isso também está relacionado à priorização de tudo que a inteligência artificial não é capaz de realizar na publicidade --e que gera identificação com o público: "Campanhas muito criativas, conteúdos mais humanos, mais caseiros, que contem histórias".
Para Letícia, 2025 também será ano de repensar como os resultados são medidos e questionar inclusive aquelas métricas mais consolidadas no mundo da publicidade e do marketing. Ela usa como exemplo o fundamento do composto mercadológico, conhecido por quem atua na área como os 4Ps: produto, preço, praça e promoção, que são apontados como variáveis para definir estratégias de marketing.
"Nos próximos anos não teremos mais o foco nesses 4Ps, e sim nos 4Cs. Ao invés de produto, a gente vai pensar no conteúdo que eu vou fazer com esse produto. Ao invés do foco só no preço, eu vou pensar na cultura que a minha empresa promove e que esse produto promove. Ao invés de ponto de venda, eu vou pensar no comércio omninichannel (mescla de vendas em canais físicos e digitais). E ao invés de promoção, eu vou pensar no valor que eu tenho para a minha comunidade", aponta a especialista.
"Os consumidores vão preferir consumir uma menor quantidade de conteúdos, mas com uma maior qualidade. Em campanhas que sejam relevantes, longas e lentas", conclui Letícia.
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