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Votos e articulações: como funciona os bastidores do conclave

Após ser abordado nos cinemas, tema se tornou 'viral'; especialista esclarece que existem conversas, mas não como em Hollywood

7 mai 2025 - 15h37
(atualizado às 23h13)
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A partir desta quarta-feira, 7, os mais de 130 cardeais vão participar do conclave, eleição que escolherá o novo papa.
A partir desta quarta-feira, 7, os mais de 130 cardeais vão participar do conclave, eleição que escolherá o novo papa.
Foto: Reprodução/Getty Images

Os mais de 130 cardeais participam desde quarta-feira, 7, do conclave, eleição que escolhe o novo papa. Após ter sido retratado no longa Conclave (2025), a curiosidade sobre os bastidores e o processo até o resultado final se tornou “viral” nas redes sociais. 

Em entrevista ao Terra, o especialista em Vaticano e doutor em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Gregoriana Filipe Domingues confirmou que realmente existem articulações nos bastidores, também conhecidos como “Pope Makers”. Claro, não como foi retratado em Hollywood. 

“É normal, isso é previsto no processo. Eles precisam conversar, precisa ter articulação política, porque o processo prevê isso”, pontua.

De acordo com Domingues, toda a conversa acontece entre as várias pausas durante as votações. “Nesses horários livres, eles têm que conversar, eles têm que se articular. São 133 cardeais e eles precisam tomar uma decisão. Caso isso demore três dias, três dias de votação, e não saia um resultado de dois terços, eles tiram um dia inteiro livre para, enfim, rezar e também conversar um pouco mais, se articular. Então, tudo isso é parte do processo natural do conclave”, explica o especialista. 

Sem consenso entre cardeais, conclave continua nesta quinta-feira; saiba como será segundo dia de votação:

Como é o processo de votação

O processo de votação é o mesmo em todas as sessões e é presidido pelo Cardeal Pietro Parolin, na ausência do decano, Cardeal Re, de 91 anos. Cada cardeal eleitor, em ordem de precedência, depois de ter escrito e dobrado a cédula, irá levá-la para o altar, onde ficam os escrutinadores. Lá, eles dizem em voz alta:

“Chamo como minha testemunha Cristo Senhor, que me julgará, que meu voto é dado àquele que, segundo Deus, considero que deva ser eleito”.

Em seguida, colocam a cédula no prato e a transferem para outro recipiente. Ao término, ele se curva diante do altar e retorna ao seu assento. Após todos votarem, a sessão passa para o escrutínio. 

O primeiro escrutinador sacode a urna várias vezes, para que as cédulas se embaralhem, e depois, o último escrutinador inicia a contagem. As cédulas são retiradas, uma a uma da urna e colocadas em um outro recipiente. Os escrutinadores se sentam de frente ao altar, abrem as cédulas e o terceiro lê em voz alta (para que todos os eleitores presentes possam acompanhar o processo de votação) e anota o nome lido. 

Quando a contagem das cédulas termina, os escrutinadores somam todos votos e os anotam em uma folha de papel separada. O último dos escrutinadores, na medida em que lê as cédulas, as fura com uma agulha no ponto em que a palavra Eligo está localizada e as insere em uma linha, para que possam ser preservadas com mais segurança. 

Quando a leitura dos nomes é concluída, as pontas da linha são amarradas com um nó e as cédulas são colocadas em um recipiente ou em um dos lados da mesa. A este ponto, os votos são contados mais uma vez e, depois de conferidos, as cédulas são queimadas em um fogão de ferro fundido usado pela primeira vez durante o conclave de 1939. Um segundo fogão, de 2005, conectado, é usado para os produtos químicos que devem dar a cor preta, no caso de não eleição, e branca no caso de eleição.

Fonte: Redação Terra
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