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Hamas anuncia libertação iminente de um refém israelense com cidadania norte-americana

O Hamas anunciou que irá libertar nesta segunda-feira (12) Edan Alexander, um refém israelense de 21 anos que também tem cidadania norte-americana. Este é o motivo da viagem de Steve Witkoff, o enviado especial de Trump para o Oriente Médio, que chegou nesta segunda-feira (12) a Israel. Edan Alexander é o último refém com cidadania norte-americana que está vivo na Faixa de Gaza

12 mai 2025 - 07h42
(atualizado às 08h51)
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O Hamas anunciou que irá libertar nesta segunda-feira (12) Edan Alexander, um refém israelense de 21 anos que também tem cidadania norte-americana. Este é o motivo da viagem de Steve Witkoff, o enviado especial de Trump para o Oriente Médio, que chegou nesta segunda-feira (12) a Israel. Edan Alexander é o último refém com cidadania norte-americana que está vivo na Faixa de Gaza

Cartazes e uma fotografia de Edan Alexander, o soldado americano-israelense e das Forças de Defesa de Israel feito refém pelo Hamas, estão do lado de fora de um centro comunitário judaico em Tenafly, cidade natal de Alexander, Nova Jersey, EUA, em 14 de dezembro de 2024.
Cartazes e uma fotografia de Edan Alexander, o soldado americano-israelense e das Forças de Defesa de Israel feito refém pelo Hamas, estão do lado de fora de um centro comunitário judaico em Tenafly, cidade natal de Alexander, Nova Jersey, EUA, em 14 de dezembro de 2024.
Foto: REUTERS - STEPHANI SPINDEL / RFI

Henry Galsky, correspondente da RFI em Israel

A libertação é avaliada como um gesto de "boa vontade" do Hamas ao presidente americano Donald Trump, que viaja nesta segunda-feira para o Oriente Médio. Esta será a primeira viagem internacional do seu segundo mandato.

Trump vai participar de uma cúpula na Arábia Saudita, nesta terça-feira (13) e visitará os Emirados Árabes Unidos e o Catar, mas não irá a Israel.

Na Arábia Saudita, a expectativa é que os Estados Unidos fechem um pacote de venda de armas que pode ultrapassar os US$ 100 bilhões, segundo a agência Reuters.

A visita é cercada de expectativas em meio ao conflito entre Israel e Hamas e a uma nova possível corrida nuclear regional, além do descontentamento com a posição de Israel.

O Oriente Médio é uma "pedra no sapato" da administração Trump porque traz problemas ao papel "pacificador" anunciado pelo presidente norte-americano em seu discurso de posse há quase quatro meses. Para além de Israel e Hamas, Trump precisa lidar com os rebeldes houthis no Iêmen e com o programa nuclear do Irã.

Há muita especulação sobre a possibilidade de anúncios de acordos militares, econômicos e até grandes mudanças políticas.

No último dia 6 de maio, Donald Trump recebeu o primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, na Casa Branca. Ele disse que durante a cúpula na Arábia Saudita faria "um anúncio muito importante".

Segundo o Canal 12 de Israel, nessa reunião o funcionário norte-americano teria informado que o presidente Donald Trump pode seguir adiante e assinar um acordo estratégico com a Arábia Saudita mesmo sem o envolvimento de Israel.

Um ponto importante: segundo informações obtidas pela RFI e confirmadas também por agências de notícias, é possível que os Estados Unidos aceitem que a Arábia Saudita estabeleça o seu próprio programa nuclear para fins civis. 

Os governos anteriores dos EUA condicionavam o apoio a este projeto nuclear saudita ao estabelecimento de relações diplomáticas com Israel. Trump pode mudar essa posição histórica dos EUA.

A Arábia Saudita tem planos de construção de um reator nuclear em meio à disputa regional com o Irã, que também mantém o seu próprio programa atômico e que é um rival geopolítico não apenas de Israel, mas dos sauditas e das monarquias do Golfo Pérsico, casos de Emirados Árabes Unidos e Bahrein, por exemplo.

Durante a visita, o presidente norte-americano também deverá se reunir com o presidente da Autoridade Palestina, Mahnoud Abbas, e com os presidentes do Líbano, Joseph Aoun, e da Síria, Ahmed al-Sharaa, segundo o canal de TV egípcio Al-Ghad. 

"Chaleira elétrica"

Uma fonte em Israel ouvida pela RFI comparou o presidente norte-americano a uma "chaleira elétrica" que esquenta e esfria com rapidez. Ou seja, sob a perspectiva israelense, Trump é capaz de ameaçar atacar o programa nuclear do Irã e, na sequência, anunciar negociações diretas com o país, como fez durante a visita do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a Washington, em março.  

Segundo fontes ouvidas pela RFI, a preferência de Trump era chegar à região com a situação na Faixa de Gaza mais estável, mas isso não aconteceu. Ao contrário, Israel ameaça expandir a ofensiva militar e já controla cerca de 50% do território.

Os Estados Unidos, no entanto, procuram tomar passos para aliviar a crise humanitária no enclave palestino.

O embaixador dos Estados Unidos em Israel, Mike Huckabee, anunciou que haverá a retomada da distribuição de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, interrompida há pouco mais de dois meses por Israel.

Segundo Huckabee, os detalhes serão discutidos nos próximos dias e a retomada do processo será realizada por empresas privadas norte-americanas.

Ainda de acordo com o embaixador, uma empresa privada será responsável também por direcionar os moradores palestinos para os locais de distribuição. O Exército de Israel não estará envolvido diretamente no processo, mas na proteção da área onde ele irá ocorrer.

"Os israelenses apoiam esse plano, eles querem que isso aconteça. Este é um plano humanitário iniciado pelo presidente Trump", disse.

Os Estados Unidos também têm demonstrado insatisfação com a atuação de Israel. De acordo com a imprensa israelense, Steve Witkoff, enviado especial para o Oriente Médio do governo norte-americano, deixou isso claro numa reunião com os familiares dos reféns israelenses.

"Queremos trazer os reféns de volta, mas o governo de Israel não está pronto para encerrar a guerra. Israel estende a guerra apesar de não vermos para onde mais é possível avançar", disse.  

"É preciso chegar a um acordo. Existe atualmente uma janela de oportunidade que esperamos que Israel e todas as partes em disputa aproveitem. Estamos pressionando todos os intermediários e fazendo tudo para trazer os reféns de volta", acrescentou.

RFI A RFI é uma rádio francesa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
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