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Déficit do INSS pode quadruplicar em 75 anos, projeta governo

15 mai 2025 - 09h48
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A trajetória futura das contas da Previdência preocupa o governo federal. Dados oficiais incluídos no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026 indicam que o déficit do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), responsável pelo pagamento de aposentadorias e pensões do setor privado, tende a crescer de forma acelerada ao longo das próximas décadas.

Meu INSS
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Foto: Gov.br / Perfil Brasil

O cenário traçado pelas estimativas é de que, até 2100, o saldo negativo do INSS mais que quadruplicará, impulsionado principalmente pelo envelhecimento da população e pela redução na taxa de natalidade. Hoje, o sistema funciona no modelo de repartição simples: quem está na ativa financia os benefícios de quem já se aposentou. A diminuição na base de contribuintes, combinada ao aumento no número de beneficiários, desequilibra essa balança.

Como o envelhecimento populacional amplia o déficit da Previdência?

De acordo com o governo, a estimativa para 2025 é de um déficit de 2,58% do Produto Interno Bruto (PIB), o equivalente a R$ 328 bilhões. Em 2100, a projeção é de um rombo de 11,59% do PIB, o que representaria R$ 30,88 trilhões. Os números chamam a atenção pela dimensão e pela velocidade com que o desequilíbrio deve se aprofundar.

A justificativa está nas mudanças demográficas que o Brasil enfrenta. O próprio texto da LDO aponta que "embora o Brasil ainda tenha uma estrutura etária relativamente jovem, a forte queda nas taxas de fecundidade associadas às quedas nas taxas de mortalidade levarão a um rápido processo de envelhecimento da população e a uma redução acentuada da participação dos jovens no total da população, gerando grandes pressões por mudanças nas políticas públicas de forma geral e especificamente na previdenciária."

Hoje, a população idosa (60 anos ou mais) representa 13,8% do total. Em 2060, esse percentual deve alcançar 32,2%, conforme a projeção oficial. Já o grupo com idade entre 16 e 59 anos — faixa com maior participação no mercado de trabalho — deverá cair de 62,8% em 2010 para 52,1% ao final do período analisado.

O modelo de financiamento atual não prevê reserva individual para cada contribuinte. Com isso, a redução na força de trabalho ativa compromete a capacidade do sistema de se manter sustentável. A situação, se confirmada, exigirá reformas profundas no desenho da Previdência Social para evitar colapso nas próximas gerações.

Perfil Brasil
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